Jesus disse e ensinou muitas coisas; e tudo que Ele falou tem relação com a verdade, ou melhor, é a verdade, pois a sua “palavra é a verdade” (Jo 17.17b). Seu ensino tem como objetivo fazer transformação em nossas vidas; mudança total e radical. Não tem como conhecer Jesus e continuar do mesmo jeito. Todos que verdadeiramente o conheceram mudaram o modo de viver, falar e proceder. Seu completo ensinamento se resume em apenas uma palavra: amor! Porém, muitas atitudes nada tem a ver com seu ensinamento. Por exemplo, Jesus não disse: “julgai uns aos outros”; “odiai uns aos outros”; “falai mal uns dos outros”; “provocai uns aos outros a ira”; “criai contendas uns com os outros”; “ficai com ciúme uns dos outros”; “invejai uns aos outros”. Não, ele não disse nada disso! Muito pelo contrário, Ele simplesmente disse: “ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros” (Jo 13.34). Este é seu novo mandanento. Jesus quer que amemos uns aos outros da mesma forma que Ele nos amou!
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O apóstolo Paulo alertou: “Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede que não sejais mutuamente destruídos. Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne” (Gl 5.14-16).
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Andar no Espírito é frutificar a cada dia o seu fruto – dar frutos segundo o Espírito e não segundo a carne. E qual é o fruto do Espírito? Em Gálatas nós encontramos: “amor, paz, alegria, longanimidade (tenacidade), benignidade (brandura), bondade (purificação), fidelidade, mansidão (delicadeza), domínio próprio (autocontrole)” (5.22,23). João, o Batista disse: “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento” (Mt 3.8). Com o arrependimento, é indispensável ser visto em nós, frutos dignos, sendo que do contrário, estaremos enganando a nós mesmos. “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7).
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Se julgarmos e falarmos mal uns dos outros, o que esperamos receber? Jesus disse: “Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles” (Lc 6.31). “Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados” (Lc 6.36,37).
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“Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias (brigas), ciúmes, iras, discórdias, dissensões (divisões), facções (partidos; seitas), invejas, bebedices (bebedeira), glutonarias (excesso em comer ou beber; avidez) e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam“ (Gl 5.19-21).
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A vida cristã pura e simples se resume em dois preceitos da antiga Lei, a saber: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Lc 10.27). O nosso amor a Deus precisa ser total (100%), ou seja, de todo o coração, toda a alma, toda força e todo entendimento. O nosso amor ao próximo precisa ser total (100%), ou seja, devemos amá-lo como amamos a nós mesmos. Paulo ensinou: “Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja; porque somos membros do seu corpo” (Ef 5.29,30). Aqui, no contexto, o apóstolo fala do amor do marido para a sua esposa – que se tornam uma só carne no matrimônio – aplicado também ao amor de Cristo pela igreja e consequentemente de uns pelos outros, pois estão ligados no mesmo corpo, o corpo de Cristo.
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“Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!” (1 Pe 4:11). Se vamos falar alguma coisa, que seja para edificação; se vamos fazer algo, que seja para o crescimento mútuo e o desenvolvimento na fé. “Portanto, cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para edificação“ (Rm 15.2). Enfim, que em tudo, Deus seja glorificado.
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“Vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade. Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros. Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo. Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado. Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem. E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção. Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou” (Ef 4.23-32).
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A instrução dada por Paulo na passagem acima é para todos os cristãos indistintamente. Ele diz claramente coisas que precisamos deixar de fazer e preencher a lacuna que fica, com coisas boas; coisas que agradam a Deus, glorifica seu nome, edifica a si mesmo e aos outros. O apóstolo concluiu esta instrução aos discípulos no início do próximo capítulo:
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“Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave” (Ef 5.1,2).
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Lembremos sempre do novo mamdamento de Jesus: “ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros” (Jo 13.34). Agindo da forma que Paulo instruiu estaremos amando uns aos outros, cumprindo o que Jesus disse e ofertando em aroma suave sacrifícios agradáveis a Deus. Deus nos ilumine, guie e abençoe através destas bênçãos!
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