Andano para Jesus - 1

Jesus enviou cartas as sete congregações de sua igreja na Ásia (Ap 2.1-3.22). Excluindo duas – Esmirna (2.8-11) e Filadélfia (3.7-13) – as outras cinco estavam prestes a perderem seu “candeeiro”, ou seja, deixarem de ser igreja do Senhor Jesus Cristo se não dessem ouvidos e obedecessem a sua mensagem. Não basta ter um nome como “igreja de Cristo”, por exemplo; precisa sim, de fato, andar como tal. Aliás, “igreja de Cristo” nem é um nome, mas uma designação para mostrar a quem ela pertence. A igreja pertence a Cristo e não aos homens. A igreja que pertence a Jesus é aquela que faz a sua vontade em tudo e obedece a todos os seus ensinamentos. Quem busca seguir e obedecer a Lei e suas ordenanças – ou parte dela – dadas a Moisés, na verdade se desliga de Cristo, ou seja, cai da graça (Gl 5:1-4).

A autoridade para os cristãos em doutrina são as palavras de Jesus em seu Novo Testamento. O Velho Testamento é importantíssimo para os cristãos: através dele conhecemos a Deus, seu caráter e seu amor ao ser humano; a criação do homem e tudo o que há no universo; o plano para redenção humana; conhecemos a história e labuta do povo de Deus; tiramos inúmeras lições e aplicações para as nossas vidas; desfrutamos dos salmos do rei Davi, bem como dos provérbios de Salomão seu filho; etc. Mas hoje, a última era da existência humana na terra, a era cristã, Deus quer ser obedecido por meio de seu Filho; seu único e eterno Filho Jesus.

Antigamente o Senhor falava por meio de Moisés (representando a Lei) e Elias (representado os profetas); bem como aparições, visões, anjos e sonhos; hoje, porém, Ele fala por meio de seu Filho (veja Mt 17:1-8). Deus disse: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi.” (Mt 17.5). “A ele ouvi” quer dizer: a Jesus devemos dar ouvidos; a Ele devemos obedecer, só a Ele devemos seguir!


Jesus anda no meio dos “candeeiros”, ou seja, ele anda no meio das igrejas (congregações) conforme Ap 1.20. Sendo onisciente, onipresente e onipotente Ele sabe o que se passa em cada uma delas e como vive cada um de seus membros. Podemos até enganar uns aos outros mas a Jesus é impossível, pois Ele sabe de todas as coisas. “O firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os que lhe pertencem. E mais: Aparte-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor” (2 Tm 2:19).

O alerta é: deixe as obras más! “Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho. Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas. Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más” (2 Jo 9-11). Dar “boas-vindas” é aceitar o erro (doutrinário e moral) e ser cúmplice dele na igreja, em sua própria vida e na vida dos outros.

“Porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação. Dessarte, quem rejeita estas coisas não rejeita o homem, e sim a Deus, que também vos dá o seu Espírito Santo” (1 Ts 4.7,8).

Que possamos andar segundo a vocação que Jesus nos chamou. Paulo ensinou: “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz” (Ef 4.1-3). E qual é a vocação? O apóstolo responde: ser “abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo” (Ef 1.3b).

Paulo ainda continua falando do completo abençoamento do Senhor: “assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado, no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e prudência, desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu, como as da terra; nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade, a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo; em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória” (Ef 1.4-14). Se a igreja, a nossa vida, bem como o que fazemos, não condiz com estas palavras, estamos completamente fora da vontade de Deus, ou seja, não estamos sendo abençoados “com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo”.

Quer ser abençoado com toda sorte de bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo? Ande de modo digno da vocação que foste chamado, ouça, obedeça e viva de acordo com Sua soberana e única vontade.

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