Ovelha - 1

“Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo (1 Pedro 1:14-16).

Introdução:

Santo: É a virtude de Deus que ressalta a Sua santidade. É aquele que possui santidade; aquele que é separado da contaminação do pecado.

Santidade: É o atributo de Deus (Pai, Filho e Espírito Santo) pelo qual ele é moralmente puro e perfeito, separado e acima do que é mau e imperfeito. Qualidade do membro do povo de Deus que o leva a se separar dos pagãos, não seguindo os maus costumes deste mundo, pertencendo somente a Deus e sendo completamente fiel a Ele (Aqui, “separar” no sentido de não fazer o que eles fazem contrário a vontade de Deus, porque precisamos estar perto deles para compartilhar a mensagem de salvação; Jesus andou nos meio dos pecadores, mas não se entregou ao pecado). Santidade é o estado permanente de Deus e este deve ser o estado daquele que se torna seguidor de Cristo. Atingimos a santidade através da santificação. No Antigo Testamento é a separação de coisas ou pessoas para Deus e para adoração. Eram santos os sacerdotes, os nazireus, Canaã, Jerusalém, o Templo, os altares, o óleo e os utensílios de adoração, os sacrifícios, etc.

Santificação: É o processo pelo qual o salvo em Cristo atinge a santidade. “Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna” (Romanos 6:22). Deus através do Espírito Santo – que passa a habitar naquele que se entrega a Cristo através do batismo, como Seu único Senhor e Salvador – trabalha (molda) o novo ser (vaso de barro) através da santificação com o propósito de se atingir a santidade e assim honrar o Seu santo e glorioso nome (Em Cristo nos tornamos vasos para honra e não para desonra – veja Romanos 9:19-21; 2 Coríntios 4:6,7).

Devemos sempre lembrar da admoestação em Hebreus 12:14: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”.

Questões para reflexão:

– Sou santo?
– Tenho andado em santidade?
– Consagrei a minha vida ao Senhor?
– Estou separado das contaminações do mundo para servir a Deus?
– A cada dia que passa permito-me voltar às práticas antigas ou estou cada vez mais me desligando delas?

“… tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento,…” (1 Pedro 1:15b)

Algumas coisas que contaminam o homem:

– Programação de TV que expõe a sensualidade, nudez, baixaria e coisas semelhantes.
– Sites e páginas na internet que promovem e divulgam explicitamente a imoralidade, indecência, dentre outras corrupções humanas. Atenção! Todo cuidado é pouco.
– “Pirataria”, ilegalidade, descumprimento das leis do país (Romanos 13:1-8).
– Exploração da piedade para enriquecimento; mercantilização da fé (1 Timóteo 6:3-5).
– Aniquilação das famílias: divórcio, traição, adultério, quebra de aliança matrimonial, etc.
– Inversão de valores: “casamentos” contrários à natureza; parceiros que vivem na impiedade sexual (Romanos 1:18-32), etc.
– Conversação torpe: fofocas, mexericos, intrigas. Ódio; maldade; inimizades. Partidarismo; desunião; preconceito; acepção de pessoas; etc.
– Ensinos e regras humanas na igreja; falsas doutrinas; idolatria (de todas as formas); etc.
– Sonegação de imposto; caixa 2; vida desordenada: trambique, calote, embromação, procrastinação, falta de compromisso, etc.

Que possamos refletir nestas e outras coisas que contaminam a pureza e a santidade da vida cristã; não percamos tempo com este mundo, que na volta de Cristo, será destruído pela ira de Deus (2 Pedro 3:7-13). Somos cidadãos do reino celestial, e portanto, devemos andar segundo os tais, em santidade, servindo, obedecendo e dedicando nossas vidas a Deus, e ao nosso Senhor Jesus Cristo.

Pensamento:

Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima. Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários” (Hebreus 10:25-27).

O que os nossos olhos vêem? O que nossos ouvidos ouvem? O que as nossas bocas falam? Para que usamos os membros de nossos corpos? Com o que ocupamos nosso tempo e pensamento? Quanto tempo dedicamos a Deus diariamente? Quanto tempo temos para as coisas de Deus? O que temos feito com o conhecimento que Deus nos deu e tem dado? Quanto tempo oramos a Deus, estudamos e refletimos em Sua Palavra?

“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento (Filipenses 4:8).

“Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras” (Hebreus 10:24).

Conclusão:

Que possamos refletir e pedir a Deus sabedoria, coragem e ousadia para jogar tudo que não nos convém como cristãos em seu devido lugar. Façamos como o apóstolo Paulo:

“Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo (Filipenses 3:8).

Cada um decidirá o caminho em que deve seguir: isto de chama livre arbítrio. Mas decida-se pelo melhor, decida por Cristo e seu caminho de luz, verdade e pureza, mesmo que você sofra com isso! “Porque, se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom do que praticando o mal” (1 Pedro 3:17). Sofrer por praticar o pecado é vão e trás condenação, mas sofrer por ser cristão e fiel, glorifica a Deus. “Se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com esse nome” (1 Pedro 4:16).

Vamos decidir pela santidade, refugando a impiedade! Os cristãos não são mais deste mundo; são peregrinos em ‘terra estranha’. Não vamos morrer no meio do “deserto” como aquele povo rebelde, murmurador e idolatra que saiu da terra do Egito rumo à terra prometida – Canaã – e não entrou nela (1 Coríntios 10:1-14). Todos morreram durante a peregrinação e apenas dois, a saber, Josué e Calebe entraram; os outros que entraram eram os descendentes do povo desobediente (Números 14:29,30). Se foi difícil entrar em um local aqui na terra, imagine no céu?

Entrai pela porta estreita larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela, porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela(Mateus 7:13,14).

Se é com dificuldade que o justo é salvo, onde vai comparecer o ímpio, sim, o pecador?” (1 Pedro 4:18)

Sabemos que  somos pecadores, mas não vamos utilizar disto para nos entregar deliberadamente ao pecado, esperando ser perdoados sempre por Deus. Claro, uma vez ou outra podemos cair em determinadas situações, mas o Senhor saberá que estamos lutando para termos vidas santas, que são consagradas a Ele, o que é diferente de viver no pecado como os pagãos o fazem, e em muitos casos por pura ignorância da verdade. Sabedores que somos vulneráveis ao pecado e como ele nos separa de Deus, precisamos buscar a santificação, refugando de nossas vidas todas as coisas que contaminam nosso ser, andando como sábios e não como néscios. Deus nos guarde, ilumine e guie no caminho, na verdade e na vida que é Cristo Jesus (João 14:6). Que sejamos santos como Ele é santo!

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