“O mensageiro que fora chamar a Micaías falou-lhe, dizendo: Eis que as palavras dos profetas a uma voz predizem coisas boas para o rei, seja, pois, a tua palavra como a palavra de um deles e fala o que é bom” (1 Reis 22:13).
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Um mensageiro enviado pelo rei de Israel Acabe, para chamar o profeta de Deus Micáias, ao qual, o rei não gostava, porque nunca profetizava dele “o que é bom, mas somente o que é mau” (1 Reis 22:8), instruiu a Micaías a não falar nada de mau do rei desta vez, onde ele teria que concordar com as profecias já citadas pelos profetas de Acabe ao seu favor (1 Reis 22:6).
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Quem conhece, sabe o que Acabe protagonizou ao lado de sua pagã e igualmente perversa esposa Jezabel. Não era sem motivo que os profetas de Deus não tinham nada de bom para profetizar ao seu respeito. Porém, semelhantemente ao mensageiro do rei, o povo rebelde na época do profeta Isaías declarava: “Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis, profetizai-nos ilusões” (Isaías 30:10).
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Resumindo toda esta questão da proposta do mensageiro de Acabe ao profeta Micaías, podemos fazer um gancho num jargão muito conhecido no meio político: tudo vai (ou deve) acabar em “Pizza” neste caso e com direito a “sobremesa de marmelada” como diria o bem humorado jornalista “Boris Casoy”; e ainda fazendo menção ao futebol, “pra que mexer em time que está vencendo?” Um verdadeiro profeta de Deus, como Elias e agora Micaías, não entra nesse jogo, pois tem um Senhor a servir e a obedecer.
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Hoje não é diferente! Precisamos ser cristãos de fato, discípulos fiéis a Cristo, servindo e obedecendo a voz do Senhor independentemente do que iremos enfrentar por causa disso. Sendo fiéis a Deus e a sua soberana vontade é possível “fazermos” muitos inimigos, assim como Elias, Micaías, Jeremias, dentre outros profetas do Senhor; João Batista, “a voz do que clama no deserto” (João 1:23), o apóstolo Paulo, bem como muitos outros servos de Deus e claro e evidente o próprio Senhor Jesus também o fizeram. Bem disse o apóstolo Paulo: “Se alguém ensina falsas doutrinas e não concorda com a sã doutrina de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino que é segundo a piedade, é orgulhoso e nada entende. Esse tal mostra um interesse doentio por controvérsias e contendas acerca de palavras, que resultam em inveja, brigas, difamações, suspeitas malignas e atritos constantes entre aqueles que têm a mente corrompida e que são privados da verdade, os quais pensam que a piedade é fonte de lucro. De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro, pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar; por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos” (1 Timóteo 6:3-8 NVI).
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O apóstolo Pedro bem que nos alertou: “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando. Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus” (1 Pedro 4:12-14). Ou seja, não devemos estranhar o sofrimento e a oposição do mundo contra nós e até mesmo daqueles que se dizem “crentes” no Senhor, por sermos fiéis a semente pura do evangelho do Senhor Jesus Cristo, sem os dogmas, doutrinas, preceitos humanos de escravidão e as ilusões preditas pelos profetas ocasionais.
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Deus nos ilumine e nos guie a falar somente aquilo que Ele instruiu por suas Sagradas Escrituras e andemos “de modo digno da vocação a que” fomos “chamados” (Efésios 4:1).
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Palavras para guardar: Servir e obedecer
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Muito edificantes, cada mensagem aqui.