“Indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho. O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros! E nunca mais o viu; e, tomando as suas vestes, rasgou-as em duas partes.” (2 Reis 2:11,12)

Já pensou no esplendor deste episódio com o profeta Elias? Que privilégios teve este homem de Deus, juntamente com outro abençoado varão, Enoque (Gênesis 5:21-24). Ser elevado aos céus sem passar pelas agruras da morte física, deve ser uma experiência espetacular. Elias teve uma vida e um fim extraordinários, conforme mencionou David Roper em seu estudo sobre este profeta do SENHOR. Porém Jesus, o SENHOR dos senhores, teve uma vida, no mínimo, igualmente extraordinária aqui na terra, mas teve um fim terrivelmente trágico. Deus se fez homem para ser tragicamente morto.

O servo Elias teve um fim extraordinário; o Filho Jesus teve um fim trágico e vergonhoso. A morte na cruz era reservada pelos romanos aos mais cruéis e terríveis malfeitores; era a condenação mais vergonhosa daquele tempo; ser condenado naquela época em nada se compara ao tratamento que é dado aos malfeitores nos dias atuais.

Muitos devem estranhar quando se compara o fim de Elias e de Jesus nesta vida. A diferença está nos propósitos e desígnios de Deus Pai. Elias foi amplamente usado pelo SENHOR, mas era “homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos” (Tiago 5:17), ou seja, dependia e carecia da misericórdia de Deus como pecador; por isso ele não tinha a qualificação para tirar os pecados do mundo; ele não poderia ser o Cordeiro de Deus; aquele que seria sacrificado por causa dos pecados do mundo inteiro. Só um era capaz deste feito extraordinariamente maravilhoso e terrivelmente trágico: Jesus. 

Graças a Deus pelo Senhor e Salvador Jesus Cristo, o Emanuel, Deus conosco, “o Rei dos reis e Senhor dos senhores” (1 Timóteo 6:15); Aquele que deu a sua vida e derramou o seu sangue “em favor de muitos, para remissão de pecados” (Mateus 26:28). Sabemos, porém, que no terceiro dia de sua morte, Jesus ressuscitou e quarenta dias depois foi elevado aos céus (Lucas 24:7; Atos 1:1-9); e assim vivermos com Ele, por meio dEle e para Ele até a sua aguardada volta.