Servindo como marido
O homem a serviço do rei Jesus

“Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela,” (Efésios 5:25)

Como no verso 23, aqui Paulo também faz uma ligação muito importante para entendermos o papel do homem no lar; agora como marido. O Marido (Cristo) ama sua mulher (igreja). A segunda oração do versículo mostra o papel do “marido” Cristo: Ele “amou a igreja a si mesmo se entregou por ela”. Cristo ama a igreja e ele dá a sua vida por ela. Cristo a ama e por esta causa, deu sua vida por ela. O parafraseando para o homem ficaria deste modo: o marido ama a sua mulher, e a si mesmo se entrega por ela. Na aplicação seria: o marido ama a sua mulher, como Cristo amou a igreja (amor sacrificial) e a si mesmo se entrega por ela (ele faz tudo por ela até o ponto de dar a sua própria vida).

Deus quer homens que sirvam seus lares. Jesus sendo Senhor serviu aos seus discípulos (João 13:13-15). Jesus quer contar com homens que estejam dispostos a amar suas esposas como Ele amou a igreja. No exemplo de Jesus, ser marido está ligado ao amor sacrificial (agape); ele a ama, por isso a serve, cuida e dá a sua vida. Jesus nos chama a amar as nossas esposas. Este é o nosso ministério; este é o nosso privilégio.

Para valorizar o que apóstolo disse aqui e também nos demais versos (v. 26-33), precisamos saber como a mulher era vista ou tratada no mundo em que ele vivia. Paulo era judeu e viveu sob a influência do mundo judaico. O matrimônio, e em conseqüência o lar e as esposas eram tidos como de autovalor, porém isto em muitos casos acontecia apenas na teoria. O mundo de Paulo era um mundo androcêntrico, onde até mesmo nas orações, os judeus colocavam as mulheres, gentios e escravos em uma escala inferior. O divórcio – algo que Deus odeia (Malaquias 2:16a) – tornou-se algo banal; por qualquer motivo, esposas eram deixadas por seus maridos.

“Naqueles dias, a mulher e os filhos basicamente não tinham nenhum direito. As decisões a respeito de suas vidas eram feitas pelo homem da casa.” (David Roper em “O lar cristão” – Verdade para hoje).

Desafiando este triste cenário, Paulo instruiu os maridos: “amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela,” (Efésios 5:25). E da mesma forma que Deus quer inculcar em nós seus mandamentos, o apóstolo repetiu por mais duas vezes neste pequeno trecho de sua carta aos efésios a importância dos homens amarem suas esposas:

“Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo” (Efésios 5:28a).
“…cada um de per si também ame a própria esposa como a si mesmo” (Efésios 5:33a).

Agora uma pergunta vem em nossa mente: Como deve ser o amor do marido por sua esposa? A resposta Paulo mesmo dá: Como “Cristo amou a igreja” (v. 25b). E como é o amor de Cristo pela igreja? Paulo mais uma vez responde: “a si mesmo se entregou por ela” (v. 25b).

O amor de Cristo “seria um amor depreciativo, vingativo, egoísta? Um “amor” que tem prazer em impor regras para provar que Ele é o “chefe”? Não! O amor de Cristo é um amor altruísta; por causa desse grande amor, Ele “a si mesmo se entregou” pela igreja.” (David Roper em “O lar cristão” – Verdade para hoje).

Altruísmo: Inclinação para procurarmos obter o bem ao próximo.

Nos versículos 28 e 29 lemos: “Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama. Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja”. Pelo o exemplo de Jesus, ele amou a igreja mais do que o Seu próprio corpo – pois sabemos que Ele deu o Seu corpo na cruz para salvar a igreja!

Crisóstomo, um escritor do primeiro século, fez estes comentários sobre os versículos que estamos estudando:

“Você sabe qual é a medida da obediência? Atente então para a medida do amor. Você gostaria que sua esposa lhe obedecesse como a Igreja obedece a Cristo? Cuide dela como Cristo cuida da Igreja. E se for necessário dar a vida por ela, ou ser cortado em pedaços milhares de vezes, ou enfrentar qualquer outra coisa, não se recuse a fazê-lo… Ele levou a Igreja aos Seus pés através de Seu grande cuidado, não através de ameaças, nem medo, nem qualquer coisa semelhante; assim também proceda você para com a sua esposa.” (Crisóstomo, um escritor do primeiro século – “O lar cristão”).

Uma pergunta: quantas esposas se submeteriam aos seus maridos, com eles agindo desta forma? Aos presbíteros é indispensável às qualificações apresentadas em Timóteo e Tito, mas elas são virtudes que qualquer cristão precisa ter e desenvolver em sua vida, exceto casar e ter filhos, que torna uma opção pessoal – como o ser “eunuco” por causa do reino de Deus (Mt 19:12); assim também o tipo de amor exigido ao marido pela sua esposa, deve ser também exercido pelos pais aos seus filhos e dos filhos aos seus pais. Lembrando que o amor expressado por Paulo vem do grego “agapao”, forma imperativa de “agape”, que é o amor sacrificial; o amor da atitude; da ação em benefício do outro independente da resposta.

Em sua carta a Tito, o apóstolo Paulo falou sobre o amor que as mulheres jovens deveriam aprender das mais velhas: “a amarem ao marido e a seus filhos” (2:4).

“O amor é o ponto central do lar.” (David Roper em “O lar cristão” – Verdade para hoje)


Que Deus ajude a cada um de nós a tomar posse do nosso glorioso papel em nossos lares e amar nossas esposas como Cristo amou a igreja.

Nota: Estudo sobre o tema: “O homem a serviço do rei Jesus”

Publicidade