Estão compartilhando na web uma ilustração com o seguinte texto: “Não é o amor que sustenta o relacionamento, é o modo de se relacionar que sustenta o amor”.

Discordamos completamente, pois vai contra o princípio bíblico do amor, especialmente o “agape”, o amor sacrificial e incondicional.

Conforme o texto, você só ama se tiver um bom relacionamento, caso contrário não amará – isso com certeza é baseado no “amor” mundano ou “ensinado” no mundo – “amar quem te ama e tratar bem quem te trata bem”.

Mas pelo amor (gr. agape) – tendo ele como base – aprendemos a relacionar melhor – servir e dedicar nossas vidas ao outro. Ninguém casa meramente para ser feliz – isto seria egoísmo e infantilidade – , casamos para fazer ou tornar o outro feliz – isto é altruísmo. Os dois pensando e agindo assim, baseados e solidificados no amor, promoverão o bom relacionamento e harmonia entre eles, e mesmo sobrevindo as “intempéries” da vida (tribulações, dificuldades, discordâncias em certos pontos, etc.) eles saberão lidar com elas e resolvê-las, pois o amor é que os sustenta. Eles se relacionam cada vez melhor porque são guiados sempre pelo amor; e as palavras “na saúde e na doença”, “na riqueza ou na pobreza”, dentre outras, se tornam verdadeiras em suas vidas e não meras palavras ditadas numa cerimônia matrimonial.

A expressão deve ser escrita da seguinte forma: “O amor [gr. ‘agape’] sustenta o relacionamento e assim se perpetua a união matrimonial.”

O apóstolo Paulo em 1 Coríntios 13 disse que se não tivermos amor em nossas atitudes “seremos como o bronze que soa ou como o címbalo que retine” (v. 1), “nada seremos” (v. 2) e “nada disso nos aproveitará” (v. 3). Podemos fazer tudo, tudo, tudo, mas sem amor, é inútil.

Pelo contrário, o apóstolo disse que o amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana [não é orgulhoso], não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera [não é irritado], não se ressente do mal [não guarda mágoas]; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba” (v. 4-8a).

Se pensarmos que se relacionar bem vamos obter o amor então não entendemos o que é o amor; não entendemos o amor de Deus por nós; não entendemos o que Cristo fez por nós na cruz; e não entendemos que casamos por amor, e que o amor perpetua a união conjugal e confirma a vontade soberana de Deus em nossas vidas. Relacionar bem é consequência do amor e não o contrário.

Se todos tivessem o amor, e o amor sustentassem seus relacionamentos, não haveria separações e divórcios, mas é por seguirem justamente o que o texto da ilustração diz é que há estas coisas, infelizmente! E devemos lembrar: “Pois o SENHOR Todo-Poderoso de Israel diz: — Eu odeio o divórcio; eu odeio o homem que faz uma coisa tão cruel assim. Portanto, tenham cuidado, e que ninguém seja infiel à sua mulher” (Malaquias 2:16 NTLH) – e com certeza, isto vale também para as mulheres, pois também há mulheres infiéis.

“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor” (1 Coríntios 13:13) e… “o amor jamais acaba” (v. 8a).

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