A seara é grande

“Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor. E, então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara.” (Mateus 9:36-38)

O quadro não mudou! As multidões continuam sem pastor, e os trabalhadores são poucos. Creio que as súplicas de muitos irmãos acontecem, talvez não na quantidade e persistência que deveriam acontecer, porém, os trabalhadores que deveriam se apresentar, não se apresentam. Podemos citar alguns exemplos: ———————————

1) Alguns, porque não querem assumir o compromisso (muitas vezes árduo e difícil);
2) outros, porque tem coisas demais a fazer (coisas que o tiram do foco de agradar primeiramente a Deus – o reino em primeiro lugar);
3) outros, porque amam mais este mundo e as coisas que há nele do que a Deus, e acabam se perdendo;
4) e por fim, outros, porque simplesmente não se apresentam para o trabalho – estão crescidos no conhecimento; sabem bastante; podem ensinar e pregar – , mas permanecem como crianças nas atitudes – são meninos e não varões.

O apóstolo Paulo instruindo aos efésios escreveu:

“Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para encher todas as coisas. E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor” (Efésios 4:10-16).

Jesus enche “todas as coisas”, e se estamos vazios, é porque não estamos verdadeiramente nEle. O Senhor pode e quer levantar obreiros para sua obra, assim como o fez no primeiro século e no início da igreja. Ele levantou Apóstolos (gr. apostolosenviado; mensageiro de Cristo. Testemunhas oculares de Jesus) e Profetas (gr. prophetesporta-voz; interprete dos oráculos de Deus) não mais existem atualmente, mas hoje muitos de nós podem ser mensageiros (enviados) e pregadores (porta-vozes) da palavra de Deus, não com autoridade apostólica, mas pela autoridade da palavra de Deus. Hoje, Evangelistas juntamente com Pastores e mestres continuam a atuar nas igrejas e podem exercer um belo trabalho para o Senhor. Lembre-se: Jesus enche “todas as coisas”.

Em vista disto, precisamos nos unir – unir forças – para o trabalho do Senhor. Três ações básicas são necessárias no corpo de Cristo – igrejas locais – para que não atrofie, adoeça e acabe morrendo: evangelizar, edificar, e visitar (cuidado).

Precisamos criar mecanismos para colocar em pratica tudo que aprendemos em prol do reino (Escola da Bíblia, Grupos de casa em casa, Missões, etc.). Este mundo jaz no maligno; não tem solução, a não ser render-se a Cristo. Deus espera que trabalhemos arduamente, e não teremos desculpas e/ou justificativas para apresentar a Ele, pois elas são insignificantes quando comparadas ao tamanho da obra, e as inúmeras oportunidades que surgem para o servimos piedosamente, com toda diligência e dedicação.

A hora é agora de nos apresentarmos, assim como Isaías o fez, e apesar dele reconhecer que era impuro para o serviço, Deus o chamou e o purificou:

“Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos! Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniquidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado. Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim.” (Isaías 6:5-8)

Da mesma forma, Deus nos chamou, e reconhecendo que éramos impuros – pecadores – , ao aceitarmos seu chamado, Ele nos limpou através “lavar regenerador e renovador do Espírito Santo” (Tito 3:5c) ao sermos imersos nas águas, morrendo para o pecado, e ressuscitando (levantando) para a verdadeira vida, uma vida de temor e obediência a sua vontade, de negar-se a si mesmo a favor de Cristo. Agora é hora de dizer em alta vós: “eis-me aqui, envia-me a mim”.

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