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1 Entrando em Jericó, atravessava Jesus a cidade. 2 Eis que um homem, chamado Zaqueu, maioral dos publicanos e rico, 3 procurava ver quem era Jesus, mas não podia, por causa da multidão, por ser ele de pequena estatura. 4 Então, correndo adiante, subiu a um sicômoro a fim de vê-lo, porque por ali havia de passar. 5 Quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa. 6 Ele desceu a toda a pressa e o recebeu com alegria. 7 Todos os que viram isto murmuravam, dizendo que ele se hospedara com homem pecador. 8 Entrementes, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais. 9 Então, Jesus lhe disse: Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão. 10 Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido.” (Lucas 19:1-10)

Este cobrador de impostos nos tempos de Jesus era chefe entre os publicanos e também um homem rico. Ao saber da presença de Jesus em sua cidade não teve outra atitude que não fosse a de vê-lo. A multidão e sua baixa estatura não foram obstáculos para este “maioral dos publicanos”; ele tinha um propósito e agiu em prol de seu intento. Subiu em uma figueira para avistar o Senhor.

Jesus ‘percebendo’ a “luta” do cobrador de impostos para vê-lo disse que ficaria em sua casa naquele dia. A alegria de Zaqueu foi notória e com certeza foi o melhor dia de sua vida.

Sem Jesus lhe pedir nada, ele tomou uma atitude inusitada: compartilhar sua riqueza com os pobres e repor as perdas daqueles que supostamente defraudou.

Podemos tirar 5 lições deste episódio com o publicano Zaqueu:

1 – Ver Jesus (vers. 4): o mais importante para Zaqueu naquele momento era ver Jesus. Ele não mediu esforços para alcançar seu objetivo. Sua pequena estatura em meio à multidão o impediram de ver o Senhor, mas ele encontrou um meio de transpor este empecilho. Não deixe os obstáculos da vida te impedirem de ver Jesus. Há sempre um meio de conseguir nossos objetivos, principalmente se eles estiverem na direção de Deus.

2 – Jesus quis estar em sua casa (vers. 5): a luta de Zaqueu teve sua recompensa: Jesus foi ao seu encontro. A onisciência de Jesus fez com que Ele soubesse do esforço do publicano em vê-lo. Jesus sabia que Zaqueu não só queria avistá-lo; ele queria mais e com isso foi até a sua casa. Jesus quer estar em nossa casa; estamos prontos para recebê-lo? O que Ele encontrará lá? Na casa de Zaqueu houve arrependimento e salvação (vers. 8,9) e na nossa o que há? E nós, queremos receber Jesus em casa? Haverá algo lá que Jesus não possa ver ou saber? Ele se faz presente em nossos lares? Que nossos lares sejam usados para a glória de Deus!

3 – O julgamento dos outros (vers. 7): os publicanos não eram bem vistos pelo povo, pois cobravam impostos, principalmente de um dominador estrangeiro, neste caso, os romanos e geralmente eram desonestos. Zaqueu era um ‘pecador’ aos olhos humanos e os presentes que testemunharam Jesus entrando na casa dele ficaram murmurando. Será que Zaqueu era mais pecador do que os outros que murmuravam? Há uma diferença sim! Zaqueu não só queria ver Jesus, ele queria ter um relacionamento com Jesus. O coração dele foi sondado e Cristo quis estar em sua casa para que o pequenino pudesse expressar o desejo de seu coração: se entregar a Cristo. O povo viu e julgou negativamente o fato de Jesus ter entrado na casa de um pecador, mas não sabia o que ia acontecer lá. Não sabiam a intenção de Jesus e nem de Zaqueu. Tomemos cuidado com julgamentos precipitados ao vermos coisas que aos nossos olhos não soam bem. Lembremos sempre que somos igualmente pecadores, carentes da graça, misericórdia e perdão divinos.

4 – O arrependimento (vers. 8): Jesus chegou à casa de Zaqueu e não lhe disse nada, porém, o chefe dos publicanos mostrou o motivo de seu desejo de ver o Senhor: ele estava arrependido de seus pecados e queria partilhar seus bens. Jesus não estipulou o que Zaqueu tinha que fazer, mas ele decidiu em seu coração o que fazer. Conhecendo, talvez a mensagem de Cristo, seu coração clamou por isto. Ele desejou compartilhar sua riqueza com os mais pobres e restituir aqueles que porventura tivessem defraudado em seu serviço, muitas vezes desonesto. Houve arrependimento e salvação naquela casa (vers. 9). Um pecador se arrependeu e compreendeu que o que era seu precisava ser compartilhado com os outros, e também que aqueles a quem poderia ter causado danos precisava haver reparação. Isto é arrependimento; é mudança; é transformação. Só Jesus pode fazer isto conosco. Só um encontro e um relacionamento íntimo com o Senhor se faz possível a restauração; é possível sermos corrigidos de nossos erros. Arrependa-se e deixe Jesus curá-lo.

5 – A causa de Cristo (vers. 10): Jesus finalizou seu encontro com Zaqueu descrevendo o propósito de sua vinda. Ele veio para aquele que está perdido e desta forma o salvar. Zaqueu estava perdido em suas transgressões. Jesus foi ao seu encontro para salvar. Estávamos perdidos em nossas transgressões, e o Senhor foi ao nosso encontro para nos salvar. Esta é causa de Cristo neste mundo. Esta também deve ser a nossa causa: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, …” (Mateus 28:19). “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16:15). “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; …” (Romanos 1:16). Se entendemos o nosso chamado, então a causa de Cristo é a nossa causa: ir e buscar o perdido; pregar o evangelho e fazer discípulos. Se cremos que o evangelho “é o poder de Deus para a salvação”, então estaremos engajados na causa de Cristo que também será a nossa. Se, porém, não cremos, continuaremos calados quanto a nossa fé e não passaremos de meros religiosos. Sejamos, portanto, discípulos de Cristo e façamos igualmente discípulos para o nosso Senhor para Sua honra, glória e louvor.

Que sejamos de fato discípulos de Cristo, mostrando na prática que nossa conversão a Cristo foi genuína. Zaqueu demonstrou toda alegria de receber Jesus em sua casa, houve arrependimento e este arrependimento deu frutos. João Batista, “a voz do que clama no deserto” disse: “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; …” (Mateus 3:8). Produzamos, pois frutos dignos de arrependimento!

Que as nossas vidas, nossas atitudes e nossas casas bendigam e glorifiquem a Deus e ao nosso Senhor Jesus Cristo. Nunca é tarde para começar; nunca é tarde para se arrepender; nunca é tarde para servir aos propósitos de Deus. Tome a decisão hoje. Que Ele seja louvado e obedecido.

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