Em meio à desordem, injustiça, impunidade e corrupção que se alojaram no congresso nacional, como os cristãos precisam agir perante esta triste realidade brasileira: Amaldiçoar, esculachar, rogar pragas, odiar, dentre outras coisas que os incrédulos fazem? Há motivos suficientes para reações desta natureza, mas entendemos que elas não são atitudes de um cristão. Temos um Deus poderoso e precisamos confiar nele, orar e agir como filhos dele. Nossa tarefa neste mundo é diferente da “tarefa” dos pagãos e incrédulos.
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O apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, instruiu: “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranquila e mansa, com toda piedade e respeito. Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2:1-4).
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Se desejamos que as coisas mudem neste país, precisamos confiar que Deus é poderoso para fazer as mudanças necessárias, mas cada um dos cidadãos brasileiros precisam fazer a sua parte; afinal, cada representante do povo no congresso já foi um cidadão comum, como cada um de nós; porém será que eles “aprenderam” aquilo fazem em sua vida pública após assumirem seus mandatos, ou só mostram o que realmente sempre foram?
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E quanto a nós: Será que todos pagam seus impostos como devem pagar? Será que somos íntegros, sinceros e idôneos em todas as nossas relações com o mundo que nos cerca? Será que sempre queremos levar vantagem nas questões do dia-a-dia? Devolvemos dinheiro de um troco que recebemos a mais? Se achássemos uma mala cheia de dinheiro, ficaríamos com ela ou devolveríamos – como aconteceu certa vez com um bombeiro (no caso deste uma pochete), e também com um morador de rua em São Paulo? Inúmeras questões poderiam ser colocadas aqui para descrever que caráter temos.
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Cada pessoa tem sua personalidade e seu caráter; caráter este, construindo por aquilo que aprendeu, viu e viveu. Deus não fere nossa personalidade (aquilo que somos), mas quer aperfeiçoá-la; já nosso caráter Ele quer transformar (aquilo que fazemos) no caráter santo de seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, cheio de misericórdia, bondade e amor. O caráter do Filho é igual ao caráter do Pai. Deus é o oleiro, nós somos os vasos.
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“Como o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu. Então, veio a mim a palavra do SENHOR: Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? — diz o SENHOR; eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel” (Jeremias 18:4-6).
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“Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro, para desonra?” (Romanos 9:20,21)
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Precisamos ser vasos para honra e não para desonra!
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Os políticos brasileiros não subiram do inferno e muito menos caíram do céu, assim como não vieram de outro país; eles já foram cidadãos comuns como cada um de nós, porém, todos os políticos e/ou magistrados são corruptos? Cremos que não, mas há com certeza, um esquema de corrupção instalado nas instituições governamentais em todo país que corrompe e desvirtua a muitos, tendo como exemplo maior, o congresso nacional. Há três formas básicas de mudar esta triste realidade: 1) Deus e seu infinito poder; 2) as “súplicas, orações, intercessões, ações de graças” dos cristãos; e 3) a mudança de comportamento da sociedade brasileira, incluindo todos nós cristãos, tendo condutas íntegras, idôneas e retas para com as obrigações legais e no exercício da cidadania; assim como saber escolher candidatos que tenham “ficha limpa”, e cobrar deles as “promessas”, caso se elejam. Não existe mágica e nada acontecerá do dia pra noite, mas com muita luta, perseverança, confiança em Deus e fé pode haver mudanças significativas neste país, principalmente em nossas vidas.
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E por fim, mesmo que nada mude no cenário nacional, ou não percebamos mudança, Deus agirá, e sempre em prol do seu povo, que mesmo com toda tribulação e sofrimento terá no fim o alívio e a recompensa advinda do SENHOR das bênçãos, conquistadas com um testemunho exemplar digno dos filhos de Deus, o Criador do universo.
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“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” (Romanos 8:28)
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Vamos confiar e esperar pela justiça divina, que é infalível, porém sem duvidar: “Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los? Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lucas 18:7,8)
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Precisamos escolher: ser justos ou injustos. No final colheremos os frutos de nossa escolha.
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“Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se. E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim. Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas.” (Apocalipse 22:11-14)
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“A graça seja com todos os que amam sinceramente a nosso Senhor Jesus Cristo.” (Efésios 6:24)
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