2 Rs 2.11,12

 

“Indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho. O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros! E nunca mais o viu; e, tomando as suas vestes, rasgou-as em duas partes.” (2 Reis 2:11,12)

Elias, o exército de Deus de um só homem estava partindo. Porém, deixava outro exército: Eliseu. A princípio, este profeta ficou apreensivo, mas sabemos pelos relatos bíblicos que Eliseu cumpriu cabalmente a sua tarefa de continuar o trabalho de Elias. Na verdade, precisamos sempre lembrar, que a obra é de Deus e não dos homens. A batalha contra o mal e o pecado continuará até a volta de Cristo; sai um combatente, entra outro. Elias combateu “o bom combate” (2 Timóteo 4:7), assim como Eliseu e bem mais tarde o apóstolo Paulo, dentre tantos outros servos de Deus e soldados de Cristo.

No atletismo existe uma prova de revezamento, onde os competidores de cada equipe usam um bastão e o passam a outro colega em determinado momento da corrida. Cada competidor que pega o bastão, precisa dar o máximo de si em prol da equipe rumo à vitória. Os atletas passam por três momentos nesta competição: 1º) precisam estar preparados; 2º) precisam assumir seu trabalho e fazer a sua parte com determinação e vontade, e 3º) precisam passar a responsabilidade para um companheiro no momento certo. A obra de Deus e a causa de Cristo aqui neste mundo não é uma competição entre homens, mas uma batalha contra as forças do mal (cf. Efésios 6:11,12), para que o homem seja liberto da escravidão do pecado e passe a obedecer e servir a Jesus como seu único Senhor e Salvador. Porém, a vida e o trabalho cristão assemelham-se em muito a uma corrida. O próprio Paulo comparou a jornada cristã a uma corrida; uma corrida contra o mal (veja 1 Coríntios 9:24-27). Mas, há uma diferença marcante entre a corrida esportiva e a espiritual: na primeira, apenas um vence; na espiritual, todos podem vencer, desde que participem segundo as normas (2 Timóteo 2:5).

Em dado momento, o apóstolo Paulo precisava passar o “bastão” para outro, ou mesmo, outros, e um deles foi o jovem discípulo Timóteo. Ele disse a ele: “Tu, porém, ó homem de Deus, …segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão. Combate o bom combate da fé. Toma posse da vida eterna …” (1 Timóteo 6:11,12).

O trabalho de Deus não para, uns saem e outros entram; uns se vão, outros chegam, para dar prosseguimento a obra. Sejamos, pois, bons combatentes para honra e glória de Deus, até que Ele nos chame ou chegue a hora de entregar o “bastão” a outro.

Seja, portanto, um integrante dos “carros de Israel e seus cavaleiros” se entregando a Cristo. Busque e se esforce em sua preparação para servi-lo; seja fiel durante toda a sua jornada aqui, compartilhando e preparando outros na mesma disposição para continuarem o trabalho, e no fim, aguarde a recompensa da vitória triunfal em Cristo e diga como o apóstolo Paulo: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé” (2 Timóteo 4:7).

“Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda” (2 Timóteo 4:8)

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