1) O poder físico de Deus

Quando contemplamos o poder do Todo-Poderoso, ficamos maravilhados! Ele não só fez a nossa maravilhosa terra, a encheu de mente e matéria, mas a fez pairar sobre o nada (Jó 26:7). Por mais vasto que seja o universo físico, ele é só um pequeno aspecto da Sua criação, e os telescópios mais potentes dos homens não podem medir suas dimensões. Ele não só faz o planeta Terra girar em seu próprio eixo a mil seiscentos e setenta e quantro quilometros por hora, resultando no dia e na noite, mas ao mesmo tempo o mantém em movimento numa trajetória invisível a cerca de 1,6 bilhão de quilômetros do sol e a uma velocidade de aproximadamente vinte e nove quilômetros por segundo, em torno do sol. A trajetória da Terra está a uma distância de 5,6 bilhões de quilômetros de Plutão — de modo que Plutão leva mais de 248 anos para completar uma volta em torno do sol. Uma mensagem de rádio viaja pelo mundo sete vezes num segundo, mas a estrela mais próxima da Terra está tão longe que a mesma mensagem, enviada dessa estrela, levaria mais de quatro anos para chegar à Terra.

“Levantai ao alto os olhos e vede. Quem criou estas coisas? Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais ele chama pelo nome; por ser ele grande em força e forte em poder, nem uma só vem a faltar”, diz Isaías 40:26. Não é preciso ser inspirado, mas apenas ter uma visão natural, para ficar perplexo juntamente com Davi diante do estupendo tamanho do universo:

“Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste, que é o homem, que dele te lembres? E o filho do homem, que o visites?” (Salmo 8:3,4; veja também 33:6–9).

2) O poder espiritual de Deus

Assim como o poder que deu origem à criação física de Deus inspira tremor, o Seu poder em transformar pecadores em santos desperta em nós humildade e êxtase. Todo o poder que Deus colocou num átomo não pode exercer a força de um simples sermão evangelistico — o poder de Deus para salvar. Bombas podem assustar, mas não podem converter. Nenhum poder terreno pode fazer o que um humilde filho de Deus pode realizar conversando tranquilamente com um pecador sobre o amor de Deus. Esse servo humilde de Deus é um trabalhador juntamente com Deus, ele é o instrumento por meio do qual o poder de Deus é colocado na alma de uma pessoa. Ele apresenta as boas novas de Jesus sendo levantado numa cruz e ressuscitado de um sepulcro.

Quando a força total do evangelho opera efetivamente em quem possui um coração sensível, nada relativo nem ridículo é capaz de impedi-lo de entregar-se a Jesus pelo batismo. O poder de Deus — diferente do Seu poder no vento norte ou nos raios do sol, mas sendo ainda o poder de Deus — pode modificar uma pessoa egoísta, deformada pelo pecado (criada à imagem de Deus) numa nova criatura. Deus opera maravilhas! (Veja Salmo 86:10.) Um ser humano inacabado pode, através do poder do céu, ser transformado em retidão e verdadeira santidade. Confiamos no poder de Deus?

3) O poder eterno de Deus

Assim como exultamos em abundantes ações de graça porque nascemos de novo, também nos regozijamos porque viveremos novamente quando sairmos deste corpo. Isto é possível por causa da “suprema grandeza do seu poder para com os que crêem” (Efésios 1:19a). Nossa herança é viver para sempre com Deus “segundo a eficácia da força do seu poder; o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos” (Efésios 1:19b,20). Sabemos que “aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos ressuscitará com Jesus e nos apresentará convosco” (2 Coríntios 4:14) e que tudo é nosso (1 Coríntios 3:21).

Como Ele pode transformar estes corpos desprezíveis, amaldiçoados a pecar e mortais, em corpos semelhantes à Sua glória? Não sabemos como, mas temos fé no poder daquele “que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós” (Efésios 3:20). Segundo a Sua obra, por meio da qual Ele tem o poder de subordinar a Si todas as coisas (Filipenses 3:21), não duvidamos, por incredulidade, mas nos fortalecemos na fé, dando glória a Deus (Romanos 4:20). A única coisa que pode nos gerar alguma ansiedade ou temor é o fato dEle não só ter o poder de ressuscitar os nossos corpos, mas também o de lançar as almas infiéis no inferno ardente (Lucas 12:5). Ele não quer fazer isto, mas Ele tem poder e autoridade para tal.

Conclusão: Glória para sempre!

O domínio de Deus é inquestionável, e o Seu poder é supremo. A glória de Deus é resplandecente, mais alva do que qualquer sabão é capaz de alvejar. Toda honra que homens e anjos podem conceder é completamente devida Àquele que nos trouxe à existência e nos redimiu pela Sua graça. Entre muitas razões por que toda glória pertence ao Pai está o fato de que Ele idealizou a igreja.

Os anjos e o arcanjo olharam do céu para a terra na plenitude dos tempos e viram a igreja — os redimidos, os nascidos de novo, os chamados para fora. Quando os principados e potestades nos lugares celestiais viram esse povo santificado que compõe a igreja de Deus, eles viram a sabedoria de Deus exibida numa suntuosa exposição. Eles, que anelavam saber o que Deus tinha em mente antes da fundação do mundo, puderam finalmente ver Sua sabedoria manifestada, pois Deus planejou um meio pelo qual os pecadores pudessem se tornar santos. Sempre que um homem ou um anjo considera a grandeza da igreja, ele deve se virar para o trono branco, descobrir a cabeça e bradar: “A ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!” (Efésios 3:21).

Com todos estes requisitos apresentados da pessoa divina de nosso Deus e Pai, podemos, com toda certeza, confiar no poder dEle para nos salvar, e andar seguros em fidelidade, temor e obediência, sabendo que, sob sua tutela, nossas almas estão asseguradas na eternidade nos céus ao seu lado.

“Teu, SENHOR, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu, SENHOR, é o reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos” (1 Crônicas 29:11; veja também Judas 24,25).

Texto extraído de “Teu é o reino, o poder e a glória”, em “Como Deus é”, uma publicação de “Verdade para hoje”.

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