Cristãos viviam completamente diferente da vida que levavam antes de conhecer Jesus. Veja em Atos 2:42-47:
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1) E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. 2) Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos [por intermédio dos apóstolos]. 3) Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. 4) Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. 5) Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. 6) Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.
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Particularidades:
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1) Os cristãos perseveravam (continuavam, persistiam, conservavam-se firmes e tinham constância) na doutrina dos apóstolos (A fonte dos ensinamentos dos apóstolos era Jesus, a Palavra de Deus [João 1:1]). Perseveravam também na comunhão (uma só fé), no partir do pão (ceia do Senhor) e nas orações (armadura de Deus – Ef 6:18).
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2) Em cada cristão havia temor (reverência) para com Deus. Prodígios e sinais eram feitos, mas não por todos. Os apóstolos – que receberam o “poder” do Espírito Santo (Atos 1:1-8 especialmente o verso 8) – realizavam tais milagres (Alguns receberam o “poder” que era transmitido pelos apóstolos através da imposição de mãos, conforme Atos 6:5,6,8; 8:5,6; 14-19; 19:6); diferentemente de todos os outros que recebiam o “dom” do Espírito Santo (a presença, o selo – Atos 2:38) assim como todos nós hoje. Lembrando que os milagres tinham quatro razões especiais para serem realizados: 1) Provar a fonte da mensagem; 2) Provar o poder de Jesus para perdoar pecados; 3) Introduzir uma nova doutrina; e 4) Confirmar a palavra pregada.
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3) Os cristãos viviam como uma grande e verdadeira família, unida (a unidade conforme 1 Coríntios 1:10) onde compartilhavam todas as coisas (“tudo em comum”). Veja Atos 4:32: “Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum.”
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4) Com o verdadeiro sentido de família, os irmãos ajudavam uns aos outros em suas necessidades (necessidade é algo que alguém precisa, que é diferente daquilo que alguém quer). Chegavam a vender propriedades e bens para suprir a necessidade de outros (ninguém necessitado na igreja do Senhor). O “produto” da venda era distribuído para todos sem distinção onde havia necessidade.
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5) Aqui contemplamos cinco pontos importantes da nova vida em Cristo:
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5.1 – Perseveravam unânimes no templo: havia constância nas reuniões.
5.2 – Partiam o pão de casa em casa: eles participavam unânimes da ceia do Senhor.
5.3 – Tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração: eles tinham uma comunhão plena, compartilhamento total e júbilo entre eles (alegria em Cristo – fruto do Espírito – Gálatas 5:22).
5.4 – Louvando a Deus: o louvor não se limitava a quatro paredes, pois a vida íntegra e testemunho fiel do cristão é um louvor a Deus – resultando na “simpatia de todo o povo”.
5.5 – Contando com a simpatia de todo o povo: todos os pontos acima contribuem para que “os de fora” vejam os cristãos de modo diferente: Perseverança, comunhão, alegria e louvor a Deus. Jesus disse como os cristãos seriam conhecidos: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (João 13:35), pois “o amor, … é o vínculo da perfeição.” (Colossenses 3:14).
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6) Novos cristãos eram acrescentados dia a dia a igreja, sendo salvos da condenação eterna por causa do pecado e da transgressão da vontade de Deus, porém um detalhe importante deve ser ressaltado: Quem acrescenta é o Senhor, e não o homem. O apóstolo Paulo disse: “Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são um; e cada um receberá o seu galardão, segundo o seu próprio trabalho. Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós” (1 Coríntios 3:6-9).
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A beleza e harmonia da vida cristã era notória nos cristãos primitivos. No início da igreja se viu claramente a satisfação de se tornar um seguidor fiel de Jesus Cristo. Será que temos a mesma satisfação, alegria, comprometimento e desprendimento destes cristãos nos primórdios da igreja?
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“Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Todavia, andemos de acordo com o que já alcançamos.” (Filipenses 3:13,14,16).
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“Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras.” (Hebreus 10:24)
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